A COSMOSSEMIÓTICA DE PEIRCE E OS SISTEMAS USUÁRIOS DE SIGNOS
5935 palavras
24 páginas
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaçãoXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005
A cosmossemiótica de Peirce e os sistemas usuários de signos:
Da transdução microrgânica à comunicação midiática
Resumo
A presente pesquisa estabelece as inter-relações entre os sistemas usuários de signos e seus processos evolutivos por semelhança, por contigüidade e por generalidade. A cosmoesfera dos signos peirceanos, mediadora de todas as linguagens, pode proporcionar um recorte: da transdução dos microrganismos até a comunicação midiática entre os humanos. A mudança de hábito através desordem que promove nova ordem, é um fato cognitivo, ao descrever a coleta da informação do mundo exterior até o processo cognitivo no mundo interior.
Palavras-chaves: agapismo; sinequismo; tiquismo; cognição; semiose
1. Introdução
Três artigos de Charles S. Peirce, publicados no The Monist: A essência Cristalina do
Homem (em outubro de 1892: 1-22, também em CP 6.238-71 e EP 1.334-351), Amor
Evolutivo (em janeiro 1893: 176-200, também em CP 6.287-317) e A Lei da Mente (em abril de 1892:533-559, também em CP 6.102-163), proporcionam suporte teórico para a presente pesquisa (ainda em processo). Assim pretende-se estabelecer as relações de afetabilidade entre os objetos do mundo exterior, que conferem ao homem as representações simbólicas, capazes de determinar a natureza cognitiva em seu mundo interior. Extraímos um diálogo hipotético que o próprio Peirce utilizou para adequar a combinação sígnica, em um diálogo simples:
Dois homens, A e B, se encontram em caminho local, onde acontece o seguinte diálogo:
B. O proprietário dessa casa é o homem mais rico desse lugar.
A. Que casa?
B. Por acaso não enxergas uma casa a sua direita, mais ou menos a sete quilômetros de distância, sobre uma colina?
A. Sim acredito que posso vê-la
B. Muito bem, essa é a casa! (MS 404, §5).
Vamos supor que o