A corrida espacial: O término do período de choques diretos entre as forças armadas dos países envolvidos na Segunda Guerra não proporcionou uma paz absoluta ao mundo. Criou-se imediatamente outro tipo de conflito, de caráter político-ideológico, caracterizado por jogos de pressões e contrapressões, em que as operações militares, normalmente se restringiam a interior das áreas de influência de cada potência, e não ocorriam no território da potência inimiga. Assim, evitava-se o confronto direto que, certamente, seria o final, tendo em vista o desenvolvimento de um fabuloso arsenal nuclear. A esse período chamou-se de Guerra Fria. O pós-guerra caracterizou-se pela bipolarização política e militar ideológica dos países do globo: de um lado, o bloco capitalista, capitaneando pelos Estados Unidos e, de outro, o bloco socialista, comandado pela União das Repúblicas Soviéticas. A disputa entre as duas potências ocorreu em todos os campos de atividade humana: economia, cultura, esporte, desenvolvimento tecnológico, propaganda política e, certamente, na astronáutica. Esse foi o inicio de um tenso, porém intenso período de avanço científico e tecnológico do segmento envolvido com as viagens interplanetárias. Surgiu então, a “Corrida Espacial”, em que cada uma das potências queria avançar mais do que a inimiga, afim de exercer domínio sobre o cosmo e, por conseqüência, controlar a Terra. Em 1958, o governo norte americano criou a Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA), que passou a controlar, no país todos os projetos de conquista espacial. Essa agencia governamental visava acelerar o conhecimento que os norte-americanos detinham sobre a questão espacial, então o inferior ao dos soviéticos, pois a União Soviética lançara ao espaço em 1957, o primeiro satélite artificial da história da humanidade. O Sputinik 1. Foram também os soviéticos que lançaram as primeiras naves não-tripuladas, 1959, com as sondas Lunik 1,2 e 3 transmitindo as primeiras fotos