A coordenação pedagógica
Hoje em dia a Coordenação Pedagógica tem sido muito desvirtuada, digo isso por pura percepção da realidade de muitas amigas professoras, visto que a minha real formação é de jornalista.
Percebo muitas amigas e muitas profissionais que trabalham com elas claramente com os sintomas da síndrome de Burnout, explicado por PINTO (2008):
a) exaustão emocional: os professores percebem que não podem mais dar de si mesmo em termos afetivos. Percebem esgotados a energia e os recursos emocionais próprios devido ao contato diário com os problemas;
b) despersonalização: desenvolvem sentimentos e atitudes negativas e de cinismo em relação aos alunos. Há um endurecimento afetivo, uma coisificação da relação;
c) falta de envolvimento pessoal no trabalho: trata-se de uma evolução negativa no trabalho, que afeta a habilidade para a sua realização e o contato com os alunos/pais, bem como com a organização de suas atividades em geral.
Muitas desmotivadas visto o excesso de trabalho e a falta de incentivo.
As que exercem o cargo de coordenadoras pedagógicas percebo o desvio de função e a insatisfação.
As queixas são sempre as mesmas: a falta de disciplina dos alunos, que consome boa parte do tempo hábil da jornada de trabalho, e a falta de interesse em reciclar os conhecimentos por parte dos professores, tornando-os, assim, quase que um inspetor de alunos com mais autoridade.
A meu ver, a coordenação pedagógica deveria ter como principais preocupações, a formação continuada dos docentes e a absorção do conteúdo programático por parte dos alunos, porém eis o grande desafio: como assegurar os conteúdos e, ao mesmo tempo, convencer os docentes que a formação continuada é uma ótima alternativa para que o conteúdo possa ser repassado de forma mais criativa aos alunos, sendo essa uma alternativa para a indisciplina.
Concordo que em escolas públicas este desafio torna-se maior, visto que as