A Contribuição do Coaching Executivo para o Aprendizado Individual: A Percepção
Autoria: Sandra Regina da Rocha-Pinto, Bianca Snaiderman
Resumo
O coaching executivo entrou no vocabulário corporativo em algum momento no final dos anos 80. Essa técnica, popularizada na década de 90, ganhou adeptos no mundo todo.
Atualmente é uma das soluções corporativas que mais cercam as empresas e os executivos
(DIEDRICH, 2001; KAMPA-KOKESCH e ANDERSON, 2001; BERGLAS, 2002;
JOHNSON, 2007). A adesão à técnica resultou na explosão do coaching executivo, tanto do lado de quem investe e, especialmente, do lado de quem vende o serviço (ECONOMIST,
2003). Em termos de desenvolvimento de recursos humanos, o coaching executivo se tornou prática freqüente e legitimada da estratégia de desenvolvimento e aprendizado das organizações apesar dos fundamentos dessa indústria ainda estarem sofrendo mudanças
(COUTU e KAUFFMAN, 2009). Paralelamente ao surgimento do coaching observam-se mudanças, também, na relação entre aprendizado e trabalho. O trabalho de conhecimento começou a substituir o trabalho manual. Termos antes utilizados da engenharia e finanças começaram a ser substituídos por descrições do vocabulário social e humano. Assim, a
“empresa eficiente” se tornou a “organização que aprende”. As mudanças na linguagem começaram a acompanhar as mudanças no ambiente corporativo (LYONS, 2003). As mudanças nas relações de trabalho e no crescimento da competitividade mostraram que a verdadeira vantagem competitiva das organizações residia no seu capital humano. Embora bastante usada no mundo corporativo e sendo uma das ferramentas que mais crescem no processo de desenvolvimento do aprendizado do adulto, a literatura prática do coaching executivo está à frente da pesquisa acadêmica sobre o tema. Esse fato demonstra que, na academia, o estudo sobre o coaching executivo ainda é incipiente quando comparado com outras ferramentas de desenvolvimento de recursos