A contribuição de le goff e michel de certeau para a disciplina de patrimônio cultural
O patrimônio cultural (bens culturais enquanto objetos dos estudos históricos) é de fundamental importância para a memória, identidade e a riqueza das culturas. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), define o como:
"o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade".
Le Goff, em História e memória, aborda o conceito de documento e monumento, que é atemporal.
Através da obra, compreende-se que “(...) o monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar recordação, por exemplo, os atos escritos.” (LE GOFF, 1924:526).
O monumento serve como marco e instrumento de legitimação do poder, pela lembrança, homenagem, honra ao mérito dos sujeitos históricos. Sejam eles esculturas, arquiteturas ou troféis.
O uso do documento tem origem e objetivo e positivista, mesmo sendo usado por escolha aparece como prova historiográfica.
O termo latino documentum, derivado de docere, ensinar, evoluiu para o significado de “prova” e é amplamente usado no vocabulário legislativo. (LE GOFF, 1924:526).
Le Goff citando Febvre escreve que a história se faz com documentos mas ainda assim é necessário se enxergar o contexto todo.
Em seu texto: Documento/Monumento e Michel de Certeau em seu texto: A Beleza do Morto trazem algumas contribuições para o estudo de Patrimônio cultural quando discutem o tema.
Le goff esclarece que a memória pode ser apresentada sobre duas formas: monumentos e documentos. O 1° ele considera uma herança do passado, o 2° já passa pelos olhos do historiador e são escolhidos e selecionados. Até o final século XVIII usava-se indistintamente os termos 'documento' e 'monumento' como sinônimos para a documentação escrita, mas após a Revolução Francesa,