A Contribui O De Freud Para O Esclarecimento Do Fen Meno Pol Tico
Durante mais ou menos um século, o estudo do “político” centrou-se nas instituições. Fourier esperava que, através delas, o vício individual se transformasse em virtude social.
A preocupação de Freud com o “social” se acentua após o impacto da Primeira Guerra. Nos seus dois ensaios a respeito, um escrito em 1915 e outro em 1922, procurou ele mostrar a hipocrisia da sociedade moderna, a coerção social funcionando e o caráter primário das tendências agressivas. Impressionado, como Max Weber, com o empobrecimento da vida, ele valoriza, inicialmente, a guerra como alternativa ao conceito convencional de morte, porem, a guerra condicionou seu interesse o estudo da agressão, como o câncer que o vitimaria, levou-o a aprofundar o conceito de “instinto de morte”.
Admitindo que o nosso inconsciente mata, mesmo por motivos insignificantes, vê na eclosão da guerra uma prova disso. Os homens não desceram tão baixo por ocasião da guerra, dizia ele, porque nunca estiveram tão alto como pensavam achar-se. assim, o homem renuncia a seus instintos agressivos substituindo-os pelas agressões estatais, o Estado proíbe ao indivíduo infrações, não porque queira aboli-las, mas sim, para monopolizá-las.
A autenticidade e espontaneidade podem andar vinculadas ao instinto da morte. Pode a pessoa “autenticamente” matar alguém e “espontaneamente” apertar o botão que despeja centenas de bombas, espalhando a morte. Embora admitisse a existência de soluções culturais;