A contradição inerente ao contexto das políticas sociais públicas na sua vinculação orgânica com o processo de produção capitalista.
Sabe-se que a política social tem por objetivos estabelecer mecanismos de proteção social às pessoas que não têm condições de prover sua própria sobrevivência, além disso, busca fornecer atendimentos e serviços públicos para a garantia de serviços públicos como: saúde, educação, segurança, formação profissional, etc.
No modo capitalista de produção da vida social, a política social é uma política que vai contra a lógica do capital. Afinal, a política social objetiva o atendimento às necessidades básicas de vida e trabalho de indivíduos e grupos sociais sem, em suas origens, objetivar o lucro.
De acordo com os estudos realizados no decorrer da disciplina, considera-se que a política social se origina da luta de trabalhadores na reivindicação de direitos de proteção social, para estes, e suas respectivas famílias, assim, quando não tivessem condições de estar trabalhando e recebendo salários, proteção esta que incluía, dentre outros direitos, pensão por morte, atendimento à saúde e aposentadoria. A luta dos trabalhadores impõe ao capitalista o reconhecimento de direitos sociais e trabalhistas, objetivando reduzir a exploração a que era e é submetida à classe trabalhadora.
[...] apesar de sua origem de defesa dos direitos os trabalhadores, origem esta calcada na luta dos trabalhadores, a política social passou a atender os interesses dos capitalistas, a transformar os direitos dos trabalhadores em capital privado lucrativo. Em última instância, a política social da sociedade capitalista atende aos interesses dos capitalistas.
A política social é uma política do Estado capitalista de controle da classe trabalhadora e de controle do preço da força de trabalho. É através, também, da política social que o Estado estabelece determinações legais para adequar o preço da força de trabalho às necessidades do capitalismo.
Assim, de acordo