A construção social da indústria cultural e suas múltiplas interpretações
Tábata Ferreira
A construção social da indústria cultural e suas múltiplas interpretações.
A proposta deste trabalho é discutir o conceito produzido por Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamim sobre a Indústria Cultural e as diversas interpretações que esse assunto permite realizar. Através de texto de Walnice Nogueira Galvão, Barbara Freitage Hermano Vianna, dentre outros, pretende-se realizar uma analise das diversas perspectivas e apresentar um posicionamento a respeito desde conceito.
Com a Segunda Guerra Mundial, Adorno e Horkheimer e companhia saíram de Frankfurt, na Alemanha, para se refugiar nos Estados Unidos, voltando apenas na década de 50. Eles se mudaram para a Califórnia, próximo a Hollywood, um grande centro de mercado cultural.
A realidade em que vivia estava sofrendo várias transformações, principalmente, na dimensão econômica. O comércio tinha se fortalecido após as revoluções industriais, e com isso, o capitalismo havia se fortalecido principalmente, com as novas descobertas cientificas e, consequentemente, com o avanço tecnológico. O homem havia perdido a sua autonomia. O domínio da razão humana, que no Iluminismo era como uma doutrina passou a dar lugar para o domínio da razão técnica. O que passou a reger a sociedade foi à lei do mercado, e com isso, quem conseguisse acompanhar esse ritmo talvez conseguisse sobreviver. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo, que, segundo Adorno e Horkheimer, é o fruto da Indústria Cultural.
Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. Portanto a cultura passa a se tornar um ingrediente da logica de mercado, tornando-se produto, deixando seu caráter de cultura para ser valor de troca, essa falsa junção de ideal de bens e produção material. Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O