A construção humana através da equilibração de estruturas cognitivas: jean piaget
1. Introdução
Jean Piaget desenvolveu, durante sua vida, a explicação de vários processos que, segundo ele, permitiriam compreender como se dá o conhecimento nas pessoas. Para tal, é imprescindível explorar um dos principais conceitos de sua obra, o de equilibração.
Conforme Piaget, a equilibração ocorre quando, em contato com um objeto novo, uma pessoa entra em conflito com o mesmo, ou seja, por não conhecer tal objeto e suas particularidades, a pessoa entra em desequilíbrio. Ela precisa, portanto, adaptar-se àquele objeto, acomodando seu sistema, modificando-o para dar conta de compreendê-lo e equilibrar-se a ele. A partir desse momento, a pessoa absorve conhecimento do objeto, ocorrendo, assim, o acúmulo de conhecimento, por meio de sucessivas construções, mediante desequilibrações e reequilibrações.
Piaget recebeu muitas críticas a respeito do seu objeto de estudo, que seria apenas o sujeito, sem considerar outros fatores que o influenciam. Ele, então, apresentou quatro fatores que indicam o contrário: a maturação nervosa, a experiência alcançada na ação com os objetos, as interações e transmissões sociais e, por último, a equilibração.
Por maturação nervosa entende-se o amadurecimento do sistema nervoso, os processos passados por uma pessoa que levarão à sua aprendizagem. Piaget apresentou esse fator como sendo essencial para formação do conhecimento, mas não o bastante para se concluir o processo.
Já a experiência alcançada na ação com os objetos se refere às aprendizagens que são recebidas por meio do contato com novos objetos. As qualidades de cada objeto fazem com que o sujeito assimile tais qualidades para si, desenvolvendo seu sistema mental, a partir do acúmulo de conhecimentos adquiridos.
As interações e transmissões sociais são adquiridas, por sua vez, através do contado com o outro. O ponto de vista e o conhecimento do outro é transmitido pela comunicação