A construção do sentido na arquitetura
CT – Centro de Tecnologia Arquitetura e Urbanismo 2014.1
Fichamento
COELHO NETTO, J. T. A construção do sentido na arquitetura. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1979.
Eixos organizadores do espaço
Espaço Interior X Espaço Exterior
O confronto entre ambos e a passagem de um Espaço Interior para um Exterior constitui realmente a noção e a operação de manipulação do Espaço mais importante para o homem, desde os primeiros tempos pré-históricos em que a sociedade nem mesmo existia. Quer no plano estritamente material (proteção contra o tempo, as feras e os outros homens) quanto num plano psicológico e social: analisando dados fornecidos pela antropologia e querendo explicar os tabus em termos de psicanálise, Freud insiste justamente no valor dessa consciência precisa de um Espaço Exterior e um Espaço Interior para os povos “primitivos”. Mesmo aqueles que mal se constituíam num grupo social. (p. 30)
“É necessário, de início, repelir as proposições dos que se recusam a tomar conhecimento do problema afirmando que é impossível determinar-se, situar-se em relação a esses termos por se tratar de noções relativas, e duplamente relativas.” (p. 33)Essa objeção se supera através da utilização, de início, dos próprios termos de sua colocação: de fato, não há exterior sem interior e vice-versa. Quando comparados um em relação ao outro, se deveria falar antes em complementação: são como duas faces de uma moeda, e se faltar uma a moeda não pode existir. (p.33)
Espaço Privado X Espaço Comum
“A primeira noção da importância fundamental que extrai desses estudos é a que diz respeito aos diferentes usos que se faz de um certo espaço e aos diferentes sentidos que se atribuem a esses espaços conforme a cultura (o grupo social em questão) e a época.” (p. 35)
“Estas constatações impõem que se reconheça um outro eixo fundamental de organização do Espaço na arquitetura, decorrente do primeiro e que deve ter seus sentidos especificamente determinados