A Construção do Estado Barbaro
RENATO PAULO
HISTÓRIA MEDIEVAL
CONSTRUÇÃO DOS ESTADOS BÁBAROS E A ENGRENAGEM ECONÔMICA
PARANAVAÍ
2011
A Construção dos Estados Bárbaros e a Engrenagem Econômica
Caracterizada por um processo de ocupação, diante invasões peculiares à violência, desordem social e bandidismo, a consolidação do estado bárbaro - meio a política excêntrica e irregular - tornara-se sólida diante o império romano. Seguindo antigas diretrizes conservaram a mesma base econômica, ratificada na agricultura, até atingirem um desenvolvimento comercial amplo e seguro a garantir-lhes além da sustentação um acúmulo de capital e o desenvolvimento social.
Conseqüente das primeiras invasões bárbaras o sistema rudimentar de estado estava instaurado, dotado de uma sociedade caracterizada pela desordem e confusões endêmicas, eram incapazes de montar seu próprio universo político em virtude das características apresentadas (pagãos, analfabetos, sem experiência administrativa, não possuíam um sistema de propriedade estabilizado), fazendo com que a estrutura administrativa fosse organizada por um dualismo institucional, ou seja, uma separação administrativa e legal em duas ordens distintas: estruturas imperialistas romanas e germânicas. Soma-se entre outros fatores ao resulto desta fusão o fato das estruturas estatais embrionárias serem improvisadas e isoladas .
Os povos bárbaros da primeira série de invasões tribais, apesar de sua diferenciação social e progressiva, constituíam-se ainda de comunidades primitivas extremamente incipientes quando penetraram pelo Ocidente romano. Nenhum jamais conhecera um Estado territorial duradouro; todos tinham religiões pagãs ancestrais; a maioria não tinha escrita; poucos possuíam qualquer sistema de propriedade articulado ou estabilizado. (ANDERSON Perry; p. 109; ed. Brasiliense; s/d)
Após suas vitórias, os bárbaros