A construção das Ciências sociais
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A construção histórica das ciências sociais, do século XVIII até 1945As ciências sociais compuseram um empreendimento do mundo moderno. As suas raízes mergulham na tentativa de desenvolver um saber sistemático e secular acerca da realidade, que de algum modo possa ser empiricamente validado. Suas raízes estão ligadas a desenvolver um saber sistemático e secular acerca da realidade; A chamada visão clássica da ciência foi erigida sobre duas premissas. Uma delas foi o modelo newtoniano, segundo o qual existe uma simetria entre o passado e o futuro; a segunda premissa foi o dualismo cartesiano que existe uma distinção fundamental entre a natureza e os seres humanos, entre a matéria e a mente, entre o mundo físico e o mundo social espiritual; A ciência passaria a ser definidas como a busca de leis universais da natureza que se mantivessem verdadeiras para além das barreiras de espaço e tempo. As ciências da natureza, tais como foram construídas no andamento dos séculos XVII e XVIII, provieram primordialmente do estudo da mecânica celeste. Por volta do início do século XIX que o triunfo da ciência se iria firmar do ponto de vista linguístico. O termo ciência passou, então, a ser associadas primordialmente às ciências da natureza. O Estado moderno sentia a necessidade de possuir um conhecimento mais exato, demarcando suas definições e fronteiras. Foi neste contexto que a universidade significou revitalizada tornando-se o lugar institucional preferencial para a criação de conhecimento. Significaria, enfim, na faculdade de Filosofia que os praticantes tanto das artes como das ciências naturais iriam penetrar para aí edificarem as suas múltiplas estruturas disciplinares autônomas. O século XIX é marcado, antes de tudo, por este processo de disciplinarização e profissionalização do conhecimento, o que significa dizer, pela criação de estruturas institucionais permanentes destinadas, simultaneamente, a produzir um novo conhecimento e a reproduzir os produtores desse