A CONSTRUCAO DA AUTONOMIA MORAL NA ESCOLA
INTERVENÇÃO NOS CONFLITOS INTERPESSOAIS E A APRENDIZAGEM
DOS VALORES
VINHA, Telma Pileggi - FE - UNICAMP telmavinha@uol.com.br TOGNETTA, Luciene Regina Paulino - UNIFRAN lrpaulino@uol.com.br Eixo temático:
Violências e convivência nas Escolas: Fatores, manifestações e relações sociais no espaço;
Agência Financiadora: CAPES
Resumo
A partir de pesquisas que investigaram se o ambiente escolar influencia o desenvolvimento moral dos alunos e a maneira com a qual eles se relacionam e resolvem seus conflitos interpessoais, propõe-se uma reflexão, fundamentada na teoria construtivista, sobre a forma como os conflitos têm sido resolvidos na escola em duas perspectivas (tradicional e construtivista) e uma análise das conseqüências destes na formação moral dos alunos.
Inicialmente é apresentado um breve quadro teórico que fundamenta essas investigações, descrevendo o desenvolvimento moral segundo a teoria de Jean Piaget e outros pesquisadores que compartilham dessa concepção, e são estabelecidas algumas reflexões sobre o ambiente sociomoral da escola e a construção da auto-regulação. Constata-se que, apesar de os educadores afirmarem que pretendem favorecer a formação de pessoas autônomas que vivam relações mais justas, respeitosas e solidárias, nem sempre conseguem fazer com que as crianças e os jovens pautem suas ações em princípios morais e auto-regulem seus comportamentos. Em seguida, são apresentados os principais processos utilizados para intervir nas situações de conflitos interpessoais tanto pelos educadores que possuem uma perspectiva tradicional quanto na construtivista, compreendendo que estes transmitem mensagens que dizem respeito à moralidade. Os resultados encontrados indicam que, apesar dos professores terem objetivos comuns, o processo empregado nas escolas mais tradicionais favorece a manutenção de altos níveis de heteronomia em seus alunos. Constatou-se ainda que, devido à concepção de que os conflitos são