A Constituição da Epidemiologia
A CONSTITUIÇÃO EPIDEMIOLOGIA
O PRINCÍPIO
A origem da Epidemiologia, até hoje discutida por vários autores, pode ser descrita através das contribuições de vários homens, que, cada um a sua época, subsidiando-se na Clínica, na Estatística e nas Ciências Sociais inauguraram esta ciência ao mesmo tempo tão rica e complexa.
Muitos autores consideram como grande pioneiro da Epidemiologia Hipócrates de Cós, o ‘pai da medicina’, que conseguiu, através dos seus textos sobre epidemias e sobre distribuição de enfermidades nos ambientes, onde se identifica claramente sua preocupação com o coletivo, antecipar o chamado raciocínio epidemiológico. Apesar disso, seus herdeiros tomaram a cura individual como referência de sua prática.
Além de Hipócrates, muitos outros nomes se destacam na história da origem desta ciência, dentre os quais vale ressaltar o de Pierre-Charles Alexandre Louis (1787-1872), precursor da avaliação da eficácia dos tratamentos clínicos, utilizando métodos estatísticos; seu discípulo, William Farr (1807-1883), que criou em 1839 um registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e País de Gales; e, como não poderia deixar de ser o de John Snow, considerado por muitos o herói fundador da Epidemiologia, que durante sua investigação sobre o cólera na Inglaterra em 1854, antecipou o uma demonstração da teoria microbiana antes mesmo de Pasteur.
SÉCULO XIX: AS BASES
Vários autores que têm contribuído para a construção da história da Epidemiologia vêem o século XIX como o momento em que suas bases foram estabelecidas. Nesse período, como conseqüência da Revolução Industrial, as cidades cresciam e se agravavam as condições de vida da população, que, vivendo em ambientes extremamente insalubres, buscavam soluções para a crise nos movimentos sociais e revolucionários.
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