A Constituicao Social Do Desenho Da Crian A
Analisando a Produção Gráfica
Silva explica que a análise foi organizada através dos seguintes temas: a) exploração dos materiais; b) mediações de pares e professora na produção gráfica através da fala e do desenho; e c) fala da criança durante a produção gráfica.
A exploração dos materiais
A autora afirma que há uma relação intensa das crianças com os materiais empregados na atividade gráfica; elas manipulam-nos para desenhar, pintar, furar o papel, riscar/contornar o próprio corpo. Em certos momentos, os materiais tornam-se objeto de disputa (como o tamanho do lápis de cor); em outros, estão a serviço da descoberta das cores.
Essa exploração dos materiais propicia o desenvolvimento da criança, de sua capacidade de atenção, elaboração conceitual, com atenção de propriedades conceituais relacionadas ou isoladas, analisando-as e generalizando-as.
Exploração das possibilidades funcionais dos materiais
Silva destaca que os materiais são utilizados para outras finalidades além de desenhar, “espetar” o dedo com a ponta do lápis apontado, perceber o som que o lápis faz ao deslizar na folha, verificar se a ponta do lápis está pequena ou quebrada, comprar o tamanho e a cor do giz de cera, furar o papel com o lápis de cor, etc. Todas essas ações fazem parte do processo de desenhar, as marcas gráficas no papel registram poucos desses movimentos que acontecem na interação das crianças entre si e com os materiais, mas que, em geral, são consideradas “bagunças” pelas professoras.
Utilização de instrumentos auxiliares A autora ressalta que as crianças gostam de interagir com os materiais de diferentes formas, por exemplo: passando o giz, na boca, no rosto, mão, braços, unhas, etc...quando a tinta é utilizada as crianças pintam não só o papel, mas querem pintar o corpo todo. Elas ainda gostam de “incorporar” ao desenho todo tipo