A constante reforma de saúde

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A constante reforma de saúde
Na década de 90, o Brasil enfrentou uma série de mudanças que envolveram diversos setores, dentre eles o setor da saúde. Algumas dessas mudanças foram decorrentes da modificação demográfica e das evoluções tecnológicas.
A população brasileira começou a viver mais tempo e as condições físicas e emocionais dos trabalhadores pioraram, o que fez aumentar substancialmente a necessidade dos serviços de saúde. Nessa década, houve também uma evolução nas tecnologias disponíveis na área de cuidados médicos e que com a maior informação e educação dos usuários, criou-se uma maior exigência pelos tratamentos mais complexos.
Dessa forma, houve a necessidade de organizar um sistema único de saúde que atendesse a nova demanda e que aperfeiçoasse a rede de serviços desordenada e desarticulada, sem planejamento e gestão que existia. Assim, a implantação do SUS teve como principal justificativa a necessidade de melhorar a oferta de serviços, os indicadores de saúde e as condições de acesso, contribuindo para elevar a qualidade de vida da população brasileira.
O plano estratégico do SUS era investir mais e melhor, através do planejamento das ofertas dos serviços de acordo com a necessidade da população. Porém, as novas estratégias não foram suficientes para alterar o dramático perfil que a política de atenção à saúde apresentava no período. Isso se deveu aos grandes investimentos em ações curativas – ações hospitalares – sem priorizar os serviços de promoção da saúde e prevenção de doenças. Houve tentativas através da criação de outros programas, como Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass), das Ações Integradas de Saúde (AIS) e mais decisivamente através da implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (Suds), porém não foram suficientes para alterar o dramático perfil que a política de atenção à saúde apresenta no período.
Ao longo da implementação do SUS, algumas medidas governamentais foram criadas, afim

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