A consciência política do adolescente de hoje
Apesar de, muitas vezes, sermos mencionados como alvo prioritário das plataformas administrativas de candidatos por todo o Brasil, nós jovens brasileiros ainda participamos pouco da vida política. Numa sociedade, em que não temos lugar definido, os mecanismos de controle social, a educação, a mídia, o apelo do consumo produzem e condicionam novas formas de comportamento na sociedade.
Embora, na atualidade a juventude tenha se tornado pauta de políticas públicas, inclusive com previsões de que pode ser protagonista nas suas realidades, o jovem ainda reflete o que as ideologias do mundo do capital anseiam: a naturalização da realidade (ou o fim da história), sem qualquer tipo de mudança. Seja como eleitor ou como agente, a participação política dos jovens ainda esbarra na carência de ações de conscientização para a cidadania e na descrença nas instituições governamentais. Mesmo com esse panorama, especialistas mantêm o otimismo e apostam na binômia educação formal e despertar da cidadania como chave para reversão da aparente apatia política.
O mundo atual vive uma apatia dos cidadãos, sobretudo das camadas jovens, em relação à política e à vida pública, e, é urgente debruçarmos sobre esta questão, identificar quais as causas e adotar medidas para combater essa passividade.
A sobrevivência da democracia exige participação dos cidadãos, e esta não ocorrerá se continuarmos a caminhar de costas para os jovens, os homens do amanhã e a política.
É necessário realizar debates sobre este tema, é preciso desmistificar a idéia de que nós não temos ideais e nem grandes causas. Trata-se de proceder a uma arrumação simplificada entre boas e más gerações.
Nós, jovens atuais temos causas, valores, provavelmente, diferentes das outras gerações ditas com ‘valores’, como as de 60, ou 70. A mensagem política dos Partidos não tem chegado aos jovens, porque as diretrizes partidárias talvez sejam as mesmas de outros tempos, e, na óbvia falta de vontade