A consciencia Coletiva e a Vila
Durkheim, em seu conturbado tempo de revolução industrial guiado por seus ideais franceses e formação filosófica muito bem elaborada, realizou um de seus trabalhos mais importantes: o estudo da consciência coletiva.
Dizia ele que, o ser humano era somente mais um animal irracional, e que só se organizou com o desenvolvimento de hábitos sociais que o permitiu ser capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo para poder conviver harmoniosamente.
Teríamos então a chamada socialização do ser. A consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser sentir e nos comportar.
A partir desse conceito de consciência coletiva, o filme “A Vila” faz uma caricatura da sociedade socializada, mostrando uma pequena vila na qual as novas gerações recebem ensinamentos um tanto quanto conservadores, desestimulando o desenvolvimento do senso de curiosidade pelo novo, que é natural no ser humano. Situados em meio a uma floresta, todos do vilarejo são incitados a pensar da mesma forma, fazer as mesmas coisas e seguir uma mesma linha de raciocínio. Porém quando um incidente ocorre e um garoto precisa de cuidados médicos, todos os antigos medos e costumes impostos sobre a comunidade são desafiados quando uma garota cega se aventura pela floresta que, segundo lhe foi dito, seria repleta de seres malignos. Antes desse trágico fato, qualquer tentativa de sair dos limites do vilarejo era ostensivamente repreendida pelos “anciões”, que com histórias de terror um tanto quanto fantasiosas, iludiam e assim abafavam qualquer eventual pensamento “além-vila”. Reparamos aqui, quão incisivo foram os ensinamentos passados aos jovens, que pouco podiam imaginar como seria, ou até mesmo se existiria vida fora de sua pequena vila.
A partir dai tudo o que fora anteriormente pensado para tentar preservar ao máximo um