A configuração multinacional
Michalet (2003), no terceiro capítulo, A configuração multi-nacional, o autor fala que nos anos
No terceiro capítulo, A configuração multi-nacional, mostra que os anos de 1960 a 1980 são marcados pelo (a): i) predomínio dos Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE) sobre as demais dimensões, com os investimentos das Empresas Multinacionais (EMNs) em espaços fora de seus países de origem ii) substituição da especialização internacional pela lógica de regulação da competitividade entre as empresas multinacionais, que passam a disputar mercado a mercado; iii) maior interdependência entre as dimensões das trocas, produtiva e financeira, com o IDE causando o aumento dos fluxos materiais e financeiros; iii) uma regulação de regime misto entre Estado e EMNs, com países desenvolvidos apoiando a multinacionalização de suas empresas e os países subdesenvolvidos dando as condições para a instalação das EMNs.
A EMN, principal ator da configuração multi-nacional, foi a responsável pelo desenvolvimento do mercado de euromoedas, necessário ao financiamento de suas estratégias de expansão espacial. É uma fase de transição entre a “configuração inter-nacional, que ela abala seriamente, e a configuração global que será o seu prolongamento” (p. 66). A diferença entre as configurações multi-nacional e global é a
“manutenção da circulação estreita entre as dimensões real e financeira da mundialização” (p. 103). A configuração global será marcada por uma desconexão entre o real e o financeiro.
No quarto capítulo, A vitória da globalização, destaca que a crise do petróleo, a queda da produtividade das economias industriais, a estagflação e a grave crise de endividamento serão os elementos que farão que os presidentes dos EUA e da Grã-Bretanha, R. Regan e M. Thatcher, respectivamente, implantem uma revolução conservadora, com a prevalência da lei de mercado. É a vitória de um discurso,