A Conferência de São Francisco
O primeiro acordo que veio estabelecer uma nova organização internacional foi ensaiado na Carta do Atlântico, um documento assinado por dois dos mais influentes líderes mundiais: o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt e Winston Churchill, o primeiro ministro britânico.
A 14 de agosto de 1941 a bordo de um navio de guerra na Costa de Newfoundland, estas duas potências acordaram na criação de um sistema de segurança a título permanente e, mais abrangente, exprimiram o desejo de alcançar uma colaboração no domínio económico mais eficaz entre todas as nações.
Na Declaração das Nações Unidas de 1 de janeiro de 1942, onde se juntaram os representantes das 26 nações aliadas que lutaram contra as potências do Eixo, foi pela primeira vez utilizado o termo Nações Unidas proferido pelo presidente dos Estados Unidos da América Franklin Roosevelt.
Estes acordos tiveram como consequência uma série de reuniões envolvendo as principais potências aliadas. Nelas começaram a estabelecer-se os princípios de uma nova ordem mundial e a traçar-se as linhas gerais de uma futura instituição de carácter mundial capaz de cumprir o objetivo a que a antiga Sociedade das Nações se propusera: impedir uma nova guerra mundial. Na Conferência de Ialta (fevereiro de 1945), determinou-se a marcação de uma ampla reunião internacional, com o objetivo de se fundar a nova instituição. Assim aconteceu; entre abril e junho de 1945, decorreu nessa cidade norte-americana uma conferência decisiva para o futuro mundial: no seu seguimento, os delegados de 50 países (entre os quais Portugal) assinaram a Carta das Nações Unidas. A ONU recebia a sua certidão de