A concepção materialista da historia de Karl Marx
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Um toque de clássicos: Marx, Durkhein e Weber. Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa, Márcia Gardência de Oliveira – 2 ed. Editora UFMG, 2002
A concepção materialista da historia de Karl Marx
Karl Marx foi um intelectual alemão comunista, herdeiro da filosofia alemã e de ideias iluministas. Acreditava que as mudanças sociais mais importantes estavam ligadas ao capitalismo, sendo a observação da realidade que lhe trás seu objeto de estudo para suas ideias e teorias. Marx tem algumas influências teóricas como a doutrina idealista de Hegel, o materialismo do filósofo Feuerbach e o socialismo utópico Frances, porém não os incorporando em sua totalidade.
No contexto histórico da Europa no século XVIII havia uma tradição filosófica onde pressupunha a existência de um mundo povoado por substâncias imutáveis. O filósofo Friedrich Hegel descordava dessa ideia filosófica e criou uma dialética moderna que se origina no idealismo alemão e que é contra o naturalismo estável. Hegel acreditava na concepção de contradição, como a própria substancia da realidade, a qual se supera em um processo de negação, conservação e síntese. Porém Hegel tem uma estreita relação com a religião, uma ideia criadora do homem, ou seja, quem cria é Deus e o resultado desta criação é o homem. Marx parte desta concepção de contradição, mas com a relação que o sujeito é o homem e a realidade seu fruto. Desenvolve seu materialismo histórico, onde o homem transforma o mundo a partir das suas ações. Rompendo assim com esse pensamento com os filósofos alemães idealistas da sua época que afirmavam que as idéias precediam a realidade.
Para Marx o materialismo histórico é uma forma determinada de se manifestar a vida, onde as relações materiais que os homens estabelecem, a maneira como produzem seu meio de vida constituem as bases de todas as suas relações. O materialismo histórico é um processo de produção e