A Concep O E O M Todo Da Ci Ncia Pol Tica Nas Ci Ncias Sociais
Raphael Freitas
A definição do campo de ação de uma ciência nova como a ciência política torna-se uma tarefa complicada e abrangente na área acadêmica não só pela dificuldade em traçar limites entre as ciências sociais, mas também devido ao valor, e ao peso, de uma definição como verdade absoluta. O sociólogo, professor e cientista político francês Maurice Duverger em seu livro “Ciência Política, Teoria e Método” (Zahar Editores Rio de Janeiro) aborda o tema sob o olhar da relação entre essa nova ciência, a ciência política, e as ciências sociais em geral. O autor busca em seus capítulos iniciais trazer as diversas visões de especialistas nas ciências sociais a respeito de como definir a ciência política e o seu objeto de estudo, e quais os métodos de estudo para os pesquisadores da área. Em seu livro Duverger abre o debate para questões como: o que é ciência política; o que é poder; quais são as fronteiras entre as diversas ciências; qual o papel das crenças na constituição das sociedades e das relações de poder; o papel do Estado e da soberania no estudo da ciência política; e o porquê de ser ciência política e não ciências políticas. O objetivo do autor no primeiro capítulo é a introdução de um debate acerca das diversas teorias que abordam o que é a ciência política. Primeiramente, o que é ciência política e qual o seu objeto de estudo? Para responder esta questão, Duverger traz os principais conceitos entre os estudiosos e a população em geral. Ao falar da ciência política a palavra “poder” é recorrente como chave para a definição óbvia do campo de atuação desta ciência. Entretanto, acaba por ficar meio vaga a utilização de uma palavra tão ampla para definir uma ciência por vezes ampla também. No decorrer do primeiro capítulo a questão central gira entorno de qual seria a melhor definição para a ciência política: “ciência do poder” ou “ciência do estado”. Fazendo uma análise do que