A comunidade científica e a previsão de vida útil
Edna Possan (2010)
A crescente preocupação com a durabilidade e vida útil das estruturas de concreto armado instigou a comunidade técnico-científica a desenvolver soluções para minimizar os danos decorrentes do processo de degradação. Neste sentido, organizações como a
Federação
Internacional
do
Concreto
Estrutural
–
fib1
(FÉDÉRATION
INTERNATIONALE DU BÉTON) –, o Instituto Americano do Concreto – ACI
(AMERICAN
CONCRETE
INSTITUTE)
e
a
RILEM
(REUNION
INTERNATIONALE DE LABORATOIRES D’ESSAIS ET MATERIAUX) – através de seus comitês técnicos e grupos de trabalhos, têm desenvolvido relatórios e práticas recomendadas com o intuito de resolver problemas desta natureza. Primeiramente, estas instituições desenvolveram roteiros relacionados à durabilidade do concreto, destacando-se o ACI 201 (1992) – “Guide to Durable Concrete” – o CEB 183 (1992) –
“Durable concrete structures” – e o CEB 238 (1997) – “New approach to durability design: an example for carbonation induced corrosion”.
Recentemente, estas instituições, por meio de seus comitês, deram início aos estudos relacionados à previsão de vida útil, englobando também a análise do ciclo de vida.
Nestes boletins, uma visão holística é inserida, abrangendo aspectos relacionados à concepção, projeto, execução, utilização, manutenção, adequação, assim como fatores de ordem econômica. Dentre as publicações da área destacam-se o ACI 365 (2000), a
RILEM (2000)2, o fib 34 (2006), o fib 44 (2008) e o fib 53 (2010).
O ACI 365 (2000), intitulado “Service Life Prediction: state-of-the-art report”, apresenta informações orientadas à predição de vida útil de estruturas de concreto armado, novas e existentes, com informações sobre os fatores que controlam a vida útil das estruturas, metodologias para a avaliação da condição de estruturas existentes e técnicas matemáticas orientadas à predição de vida útil. O relatório