A comunicação na ditadura militar
A Ditadura Militar foi o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 à 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
Como era a comunicação e a publicidade na época?
Principalmente a partir da década de 70 a circulação de jornais no Brasil se intensificou. Começava o tempo da chamada Imprensa Alternativa. Alternativa porque deve-se ao fato de não estar ligada à cultura dominante, mas também está ligado à opção de duas coisas: a única saída para uma situação difícil e o desejo de protagonizar transformações.
Como tudo que acontecia no país estava amordaçado, uma das únicas formas da sociedade tomar conhecimento da realidade do país era por meio da Imprensa Alternativa. Os jornais mostravam os crimes da Ditadura, as mortes dos presos políticos, torturas, violação dos direitos humanos, etc. Entretanto, não demorou muito para que a censura começasse a vetar tudo que era contra a "Lei da Segurança Nacional".
O censor ficava posicionado na redação dos jornais e só permitia a impressão daquilo que já tivesse sido lido e previamente aprovado pelo governo. Isso gerava muitos transtornos e atrasos nas publicações. Diante disso, os diretores se comprometeram a não colocar matérias que pudessem talvez ser censuradas em cadernos que não fossem o de política ou o nacional. Dessa forma, o censor passou a ler apenas essas editorias, permitindo que o resto do jornal já fosse impresso para publicação.
Na primeira notícia censurada em um jornal, foi deixado simplesmente um espaço em branco. Isso rapidamente se tornou uma crítica entre a sociedade, que percebeu que aquilo havia sido alvo de censura. Percebendo isso, o Estado proibiu que ficassem espaços em branco quando houvesse alguma matéria censurada, e, portanto os jornais começaram a publicar poesias ou receitas de