A comum de paris
A guerra franco-prussiana foi desastrosa para a França, com derrotas, invasão e ocupação do país pelos inimigos. Diante da fragilidade do governo de Napoleão III, a Assembleia Nacional proclamou a Terceira Republica. Seus líderes negaram-se a aceitar a derrota para os prussianos.
Em março, a Assembleia francesa confirmou a deposição de Napoleão III e negociou o tratado de paz com o governo alemão, pelo qual se comprometia a pagar pesada indenização; ceder a Alsácia e a Lorena e aceitar a realização de uma parada triunfal das forças alemãs em Paris.
Ocorreu um movimento revolucionário, conhecido como Comuna de Paris. Com duração de 72 dias, é considerada como a primeira experiência de um governo operário. Os governantes franceses, ao perder o controle da situação, fugiram para Versalhes, e os rebeldes organizaram um governo popular em Paris.
O novo governo determinou a ocupação das fábricas abandonadas e proibiu o trabalho feminino e infantil. A principal vitória da Comuna foi a adoção do sufrágio e educacionais da Republica.
A Comuna ficou restrita a Paris. O exército do governo de Versalhes aumentou seu contingente, com os soldados libertados pelos alemães. A repressão foi sangrenta, resultando em milhares de mortos. A repercussão dos acontecimentos estimulou os governos a reprimir com truculência os movimentos operários e as ações de partidos ou movimentos inspirados nas ideias de revolução social.
A social-democracia e a Segunda Internacional
Inspirados nas ideias marxistas, sindicalistas e intelectuais fundaram partidos social-democracia em vários países. O projeto de tais partidos era por uma “revolução socialista”. Enquanto essa revolução não estivesse madura, cabia defender a classe operaria, no campo institucional, contra as injustiças do capitalismo.
Entre 1870 e a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, os social-democratas tornaram-se a principal força da esquerda europeia, apresentando-se como partidos revolucionários,