A compreensão da arte em Platão e Hegel
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
ALUNO: Maitã Wandelli Loth
DISCIPLINA: ESTÉTICA – FIL5650
Prof.ª: Drª. CLAUDIA PELLEGRINI DRUCKER
TURMA: 03329
A Compreensão da Arte em Platão e Hegel: Aproximações e Dissidências Filosóficas
A arte é com certeza uma das temáticas mais difíceis da Filosofia de modo geral, isto se deve ao fato deste fenômeno espiritual (em Hegel) possuir um elevado caráter de subjetividade, ou seja, as belas artes, Literatura, poesia, música, pintura, escultura não parecem ter uma utilidade prática direta e bem definida a priori, além da dificuldade para estabelecer critérios lógicos para compreender: o que seria uma obra de arte? Tal é a complexidade da questão que ao longo dos tempos a Filosofia pouco discutiu sobre a relevância da questão artística, sendo que na maioria das vezes apenas reiterou-se a ideia de arte como Mimesis (representação de personagem ou cópia em Platão). Neste trabalho, pretende-se não somente apresentar a tradicional concepção de arte Platônica junto de suas principais características, mas também e como contraponto trazer à baila a moderna concepção Hegeliana da experiência da beleza artística, de modo a enfatizar os pontos de fusão e aceitação entre os dois pensadores.
Já sabemos que a concepção Platônica de arte é quase tomada como um “dogma” e que poucas vezes esta foi contestada na história da filosofia ocidental, isto posto incumbe a nós o seguinte questionamento: Quais seriam os principais argumentos do pensamento de Platão para caracterizar o fenômeno artístico? Ou seja, em que consiste a concepção de arte como Mimesis (imitação).
Para responder a questão supracitada, devemos partir de inicio para ideia de Platão no que tange a verdade, ao que sabemos fora este pensador grego que culminando com a introdução do seu conhecido mito da caverna o grande responsável pela divisão do mundo entre o que seria o real (a essência, o