A colheita
A colheita é realizada em épocas diferentes de acordo com a cepa, as condições climáticas e o grau de maturidade pretendida ou conseguida pelo vinhateiro. Existem cepas de amadurecimento mais precoce e outras tardias. Para tornar a decisão do momento da colheita mais precoce e outras tardias. Para tornar a decisão do momento da colheita mais objetiva procede-se à coleta de amostras representativas do vinhedo e, com o auxílio do mostímetro, determina-se a quantidade de açúcar no mosto dessas uvas. Sabe-se que são necessários 17 gramas de açúcar para se obter cada grau alcoólico do vinho. Estabelecido o grau alcoólico desejado para o futuro vinho e com base em curvas históricas dos anos anteriores, o vinhateiro faz uma previsão da data ideal da vindima. A evolução dos açucares da uva e de seus ácidos passa a ser monitorizada com grande freqüência até a chegada do momento ideal da colheita. Esse momento varia de acordo com o tipo de vinho que se pretende produzir. Desse modo, para vinhos brancos frescos e aromáticos são necessárias uvas ricas em ácidos, com o devido teor sacárico. Para se obter bons vinhos tintos, as uvas devem estar ricas em açúcar e matéria corante. Os vinhos licorosos são provenientes de uvas super maduras, com altíssima concentração de açúcar. Podem ocorrer problemas sérios enquanto se aguarda a data da colheita, tais como chuvas e ataque de fungos, prejudicando o trabalho do ano todo.
A colheita pode ser realizada por método manual ou mecânico. A vindima manual é obrigatória nos vinhedos em terrenos acidentados. É também empregada na produção dos grandes vinhos, pois permite seleção dos cachos e não provoca lesão da parreira. No entanto, é um processo lento e caro. As colheitas mecânicas são rápidas e barateiam a produção, permitindo também a vindima noturna quando a temperatura é mais amena. Porém, as colheitadeiras podem lesar as videiras e não permitem a seleção dos bagos além de aumentar o volume de folhas e ramos junto aos cachos.