A classe operária vai ao paraíso
Os operários iniciavam sua jornada de trabalho ao som de um alto-falante que busca incentivá-los ao bom desempenho no trabalho, e que cuidem da manutenção da máquina seu objeto de trabalho, que tratem esta com amor o que não é seguido aos mais politizados, que chegam a cuspir na máquina em atitude de desabafo.
Nem todos os trabalhadores têm esta atitude de revolta. Lulu Massa (Gian Maria Volonté, principal personagem do filme) é um “operário-padrão” e trabalha na BAN há 15 anos, se dedicava em demasiado em seu trabalho, ultrapassava sua cota de produção, o que agradava seus superiores e desagradava seus colegas operários que o chamavam de puxa-saco, pois, Lulu era submetido a avaliação nas máquinas de produção dos colegas, onde ele concluía que o aumento de produção seria melhor se não parassem a máquina para retirar a peça pronta, o que era perda de tempo e de dinheiro, pegando as peças em movimento se pouparia 3 segundos por peça, por isso os engenheiros exigiam desses colegas maior esforço no ritmo de produção. Lulu considera-os uns preguiçosos por não serem iguais a ele. Evitava conversar com os colegas, pois achava que levava a distração, dizia que concentrava na confecção de uma peça como se fosse o traseiro de sua colega, Adalgisa.
Visitava no hospício Militina, um velho colega operário politizado, que ficou louco devido ao trabalho na fabrica, que comenta com Lulu que leu uma notícia de jornal, que os cientistas haviam descoberto um macaco que acreditava ser humano, “um engenheiro”. Lulu tinha dito a um colega novato de que o trabalho é