a Ciência na Europa Medieval
Ver também: Lista de pensadores cristãos na ciência
A educação e o aparecimento da ciência na Europa dependeu de dois fatos importantes: - No século VIII o surgimento das escolas que eram monacais (anexas a uma Abadia), episcopais (anexas às catedrais) e palatinas (anexas à corte). Essa última no final do século VIII foi bastante significativa, pois nela o ensino era público e se ensinavam as sete artes liberais: o trívio (gramática, retórica e dialética) e o quadrívio (aritmética, geometria, astronomia e música).
No século XII a Igreja Católica criou a Universidade e no século XIII elas se espalharam pela Europa. A união da filosofia greco-romana com as Universidades europeias a partir de um novo espírito mais voltado para a experiência iniciará a ascensão intelectual da Europa.
Estudo da refração da luz por uma lente esférica, por Robert Grosseteste, c. 1250.
Inicialmente em Oxford, mas depois também em Paris e no resto da Europa, as concepções científicas de Aristóteles foram submetidas à severa crítica.[29] Essas duas Universidades passaram a criticar a ciência antiga representada por Aristóteles, com relação a sua distinção entre mundo supra-lunar e mundo sub-lunar, sua metodologia apenas formal e não empírica, sua concepção geocêntrica do cosmo e com a teoria do impetus, explicaram de maneira diferente o movimento dos corpos. Expoentes dessa nova forma de pensar são Robert Grosseteste, Roger Bacon, os membros do Calculatores de Merton College, Jean Buridan e Nicole Oresme.
Por isso, o historiador da ciência Thomas Kuhn afirma que a mudança de paradigma que possibilitou a revolução científica não se deu no Renascimento, mas na própria Idade Média: "o que parece estar envolvido aqui é a exploração por parte de um gênio das possibilidades abertas por uma alteração do paradigma medieval. Galileu não recebeu uma formação totalmente aristotélica. Ao contrário, foi treinado para analisar o movimento em termos da teoria do impetus