A CIVILIZAÇÃO ESCOLAR COMO PROJETO POLITICO E PEDAGOGICO DA MODERNIDADE: CULTURA EM CLASSES, POR ESCRITO
A CIVILIZAÇÃO ESCOLAR COMO PROJETO POLITICO E PEDAGOGICO DA MODERNIDADE: CULTURA EM CLASSES, POR ESCRITO
De acordo com o texto, desde o século XVII, a marca estrutural dos colégios religiosos impuseram um padrão educativo pretensamente constituído com o propósito de atuar como referência civilizatória. E muitas das outras pessoas que aprendiam a ler nessa época, não tinham passado pela ‘escola’, ou seja, aprendiam através de cartazes, manuais, literatura de cordel e etc. Elas podiam não entender o código em si, mas eventualmente tinham a leitura junto a outro recurso que tornava a compreensão possível. Já no século XIX, firma-se um novo modelo de educação, criando uma ciência específica da educação. Aquela que tomaria como verdade irredutível o valor intrínseco dos interesses da criança. A pedagogia, desde então, teria como meta romper os pilares de tradição. No texto verifica-se que o autor remete a vários outros autores para defender as suas argumentações, como por exemplo ele remete a Durkheim para caracterizar a educação como uma ferramenta ambígua, já que ela cria homogeneidade e consolida distinções na sociedade. A autora Dominique Julia, define que escola cria, estabelece, reproduz e perpetua tradições e ao longo de gerações. E nesse ciclo incorpora outras culturas a sua. Frago e Escolano sublinham o tempo e o espaço escolares como artifícios ordenadores de uma dada forma cultural a ser apreendida: ‘julgamos natural a reprovação daqueles que não acompanham a gradação, como se “perder o ano” pudesse ser um método eficaz’. A temporalidade escolar é, pois, a do horário do relógio que tem pressa e que jamais pode olhar para trás.