A Cigarra

TRAMA
O conto nos conta a história de Olga e Dymov, que se conheceram quando o pai de Olga adoeceu e ficou hospitalizado. Ela fazia companhia ao seu pai no hospital e Dymov trabalhava com ele e quando adoeceu também fez companhia a ele. Olga e Dymov passaram a se ver depois que o pai dela faleceu e certo dia ele a pede em casamento. Ela chorou, se apaixonou e aceitou o pedido. Logo se casaram na presença dos notáveis amigos de Olga. Ator, cantor de ópera, pintores, violoncelista, literato, proprietários de terra, todos com suas devidas importâncias e
Dymov, o dono da festa, sentindo-se deslocado era analisado por todos.
Olga tinha vinte e dois anos e Dymov trinta e um. Ela decorou a casa em estilo camponês e todos achavam que o jovem casal tinha um canto aconchegante.
Diariamente ela se levantava por volta das onze horas, tocava piano ou pintava algo. Depois do meio-dia ia à modista, mesmo com pouco dinheiro sua modista fazia milagres com roupas antigas de Olga. Da modista ela se dirigia até a casa de alguma atriz conhecida para saber novidades e conseguir ingressos para alguma peça. Da casa da atriz ela ia até ao ateliê de um pintor. Em todos os lugares ela era bem recebida. Olga também tinha talentos, pintava, cantava, tocava. Mas o seu maior talento era o de se aproximar das celebridades. Ela os idolatrava.
As quartas-feiras eles faziam sarau em sua casa com todos aqueles notáveis que presenciaram o seu casamento. Dymov não ficava no salão e ninguém se lembrava de sua existência. Às onze e meia, exatamente, ele abria a porta da sala de jantar com seu sorriso gentil e amigável esfregando as mãos. Era servido presunto, vitela, sardinhas, queijo, caviar, cogumelos vodcas e vinho. Olga o agradecia dizendo que ele era encantador e todos pensavam “realmente, um sujeito e tanto”, mas logo voltavam a se esquecer dele.
A vida entre o jovem casal ia maravilhosamente bem, sempre com a mesma rotina. Para abril, maio e junho haveria um chalé fora