A Cidade Renascentista
(Contexto Histórico)
O Renascimento foi um movimento de renovação cultural ocorrido no século XV ao XVI. Surgiu em Florença e propagou-se ao resto da Itália, onde a população, os intelectuais e artistas se encontravam familiarizados com obras romanas do passado, e atinge mais tarde toda a Europa. Etimologicamente, Renascimento significa “voltar a nascer”, o que traduz o intuito do movimento de reviver a antiga cultura grego-romana, mais especificamente a romana.
A base desse movimento encontra-se no crescimento gradativo da burguesia comercial e das atividades econômicas entre as cidades europeias devido a transição do feudalismo para o capitalismo.
Surge uma transformação nas ideias e comportamento: o ideal humanista. Esse ideal tem como característica:
Consciência do homem como centro e medida de todas as coisas;
Afirmação do homem e de sua capacidade criativa;
Afirmação do saber;
Ênfase no pensamento racional: nega o misticismo medieval (o que não significa a diminuição da religiosidade).
Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura das ciências e da arquitetura que superaram a herança clássica. O Renascimento constitui, pois, um dos mais prósperos movimentos intelectuais do Ocidente.
O URBANISMO RENASCENTISTA
Os novos esquemas urbanísticos são, numa primeira fase, desenvolvidos através dos cenários da pintura. São os pintores quem primeiro projetam o espaço urbano. Assim, pintores, geômetras, matemáticos, exploram a recente descoberta da ciência da perspectiva, desenhando as paisagens urbanas que serão realizadas no século seguinte.
A invenção da Imprensa, permite a difusão das teorias e desenhos imaginados pelos arquitetos renascentistas, alcançando todos os centros europeus. Com isso, aparecem numerosos tratados de arquitetura, de desenho e de construção e cidade.
Em toda centralidade adquirida pelo homem na natureza, a cidade também devia se tornar sob medida para o homem