A cidade antiga.
Da crença sobre os mortos e a forma que os cultuavam.
Sobre a crença a respeito da alma e da morte percebe-se durante a leitura do texto que essa ideia de uma alma que parte deste mundo para um “céu” ou outro lugar fora da terra é uma teoria moderna, assimilada pelo povo ocidental. Para os povos antigos a alma era extensão do corpo, há relatos que durante os enterros realizados acreditava-se também enterrar a própria alma.
Eram comuns rituais durante a cerimônia fúnebre, dentre esses rituais destaca-se o costume de chamar três vezes a alma do morto pelo nome do que faleceu. A crença que havia “vida” junto ao corpo enterrado era tão forte que sepultavam com ele roupas, adereços e demais utensílios, chegavam até sacrificar animais que poderiam ajudar a servir o morto.
Enterrar o corpo numa sepultura era algo primordial para a alma, caso contrário a mesma poderia ficar vagando pelo mundo, acreditavam até que ela poderia atormentar os vivos causando medo, doenças e outros inconvenientes. Ressalte-se que não bastava somente enterrar, era necessário fazer culto, preparar a alma.
Doutra forma, havia um costume de em uma determinada data levar comida até o túmulo, alimentando assim quem estava debaixo da terra. Era comum nas cidades mais antigas a punição de crimes com a privação da sepultura, assim a alma também era condenada.
Tais crenças duraram bastante tempo e influenciaram a forma como governavam e dirigiam as cidades antigas.
Os túmulos eram considerados verdadeiros templos e os mortos verdadeiros deuses independente de sua reputação na Terra. Filhos invocavam os pais, faziam altares para oferecerem o que achassem necessário e tais práticas se tornaram verdadeiras condutas morais que todos deveriam obedecer.
Os hindus tinham comportamento parecido com os dos gregos quanto à crença sobre a morte, mas tinham um ritual permanente de oferecer o sraddha. Caso não oferecessem, seus mortos