A Chegada do Plano Real
Há mais ou menos vinte anos atrás, o comércio varejista teve uma evolução significativa, proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico. Neste processo a informática teve destaque, uma vez que propiciou a geração de técnicas de gestão mais eficientes, melhor conhecimento sobre o modo de circulação dos produtos e serviços, ganhos de eficiência e incorporação de novos modelos organizacionais, mais intensivos em conhecimento e informação.
O setor varejista, principalmente o supermercadista, vive um momento de estruturação, influenciado pelas transformações que têm ocorrido na economia brasileira. Uma das características deste momento é a busca por operacionalização eficiente e competitividade. Para isso o setor tem promovido ações como realizam troca de controle acionário, fechamento de lojas menos rentáveis, profissionalização da administração, capitalização das empresas, maior utilização de automação comercial, uso intensivo da informática, racionalização de operações, programas de redução de custos e diferenciação de produtos e serviços.
A estabilização da moeda, proporcionada pelo Plano Real, possibilitou, por um lado, um substancial incremento no faturamento das empresas de setor de supermercados e, por outro, impôs a necessidade de programar mudanças no posicionamento estratégico das empresas, conforme descrito no quadro abaixo.
Quadro 1: o Setor Supermercadista Brasileiro – Totais do Setor – 1994 à 2005.
CCritérios de análise
O Plano Real propiciou que redes estrangeiras investissem ou reinvestissem no Brasil. No trabalho de Aguiar e Amim (2005), os autores apontam que, após a implantação do Plano Real, houve um aumento na entrada de redes supermercadistas estrangeiras no País, evidenciando um aumento de concentração de mercado neste setor. Aguiar e Silva (2002) indicam um aumento expressivo nos processos de fusões dentro do setor de supermercados em meados da década de 90, principalmente, com ascensão das redes estrangeiras