A chegada de Napoleão ao Egito

CAPÍTULO 2 - A CHEGADA DE NAPOLEÃO AO EGITO (CAIRO 1798) Durante a invasão de Napoleão ao Egito aconteceram várias modificações, tanto políticas, quanto na rotina social do Egito. Principalmente pela vasta circulação de estrangeiros, soldados da tropa de Napoleão, pesquisadores, cônjuges que em vezes os acompanhavam. Pessoas essas que desconheciam as tradições e culturas do Egito e compartilhavam de religiões diferentes. Com essa enorme circulação de pessoas no Cairo, com “sede de conhecimento e curiosidades” as ghawazee tiveram enorme público o que lhes rendeu várias moedas de ouro e agrados dados pelos viajantes. Aos poucos foram se tornando comuns as visitas das ghawazee aos acampamentos dos soldados de Napoleão. Onde algumas ghawazee não só entretinham com sua dança, mas também se prostituíam.
Simone Oh Coel Osab, forneceu a descrição de um dos generais de Napoleão em relação as ghawazee, durante a ocupação francesa no Cairo: “ Uma grosseira e indecente expressão de intoxicação sensual”. Napoleão prevendo que a situação fugisse ao controle e prejudicasse seus planos políticos e desempenho de seus soldados, pois, uniões ou qualquer formação de laços afetivos com mulheres egípcias poderiam desconcertar seus propósitos políticos e até ocorrer vazamento de informações ao governo do Egito, decidiu proibir as ghawazee de freqüentarem os acampamentos do seu exercito. O que também não era interessante para o governo do Egito, que não aprovava entre outras coisas o envolvimento de suas mulheres mulçumanas com estrangeiros. Em 1834, depois de terem sido proibidas de freqüentar os acampamentos da tropa de Napoleão também pelo Governador do Egito Mohamed Ali, e desrespeitarem esta ordem, foi dada uma punição extrema a 400 mulheres ghawazee que tiveram suas cabeças decepadas e jogadas no Rio Nilo. Como forma de correção pelo desrespeito e aviso, para quem tentasse continuar contrariando as ordens dada pelo governo. E acabou por expulsa-las do Cairo. Vale lembrar