A Centralidade Ontológica do Trabalho em Lukács
O Professor da Universidade Federal de Alagoas, Sergio Lessa, citando Lukács, fala que o mesmo já falecido a mais de 25 anos deixa para a história alguns escritos inéditos sobre a democracia e o leste europeu. Uns de seus manuscritos vêm falar da Ontologia do Ser Social e sua autobiografia na forma de entrevista, Pensamento Vivido. Seus livros começaram a ser lançados a partir de 1989 na França e em 1991 nos Estados Unidos, que foi a Democracia. Em 1983, sabia-se que esses manuscritos existiam, mas seu conteúdo não era conhecido mesmo para os mais próximos de Lukács. Antes dos manuscritos póstumos da edição italiana, publicaram um texto injustamente julgando a investigação Ontologia de Lukács, dizendo que ele teria voltado à metafísica tradicional, isso para justificar a sua crença no Comunismo. As obras de Lukács eram pouco divulgadas e traduzidas, isso ocorre na Europa, algo parecido ao que convivemos no Brasil. De qualquer maneira sua influência vai além da quantidade de suas publicações. Suas obras possuem uma presença no debate nacional desproporcional à propagação, isso acontece porque seus textos são impressionantemente atuais. Um dos maiores elogios feitos, nos dias atuais foi de Habermas. Sua Teoria do Agir Comunicativo, de uma forma visível critica a sociabilidade contemporânea, oferecendo um conjunto de argumentos, favorecendo à tese de que a democracia e o mercado burguês são as intervenções mais adequada para a vida civilizada. O texto de Lukács foi redigido 15 anos antes da Teoria do Agir Comunicativo, no entanto é a sua oposição mais completa e radical. Reafirmando a tese marxiana da centralidade ontológica do trabalho, e da decorrente historicidade do ser social, isso pelo filósofo húngaro. A Teoria do Agir Comunicativo hoje em dia é mais significativa na defesa da democracia burguesa, e Lukács é o critico marxista contemporâneo mais significativo dos pressupostos