A centralidade ontologica
Sérgio Lessa
Slide 1:
O Trabalho: categoria fundante do ser social
O único pressuposto da ontologia lukacsina é retirado diretamente de Marx: os homens apenas podem viver se efetivarem uma contínua transformação da natureza. Diferentemente do que ocorre na esfera biológica, essa transformação é teologicamente posta; seu resultado final é previamente construido na subjetivadade sob a forma de uma finalidade que orientará todas as ações que virão a seguir. Essa transformação teleologicamente posta da natureza, após Marx, Lukács denomina de trabalho.
Slide 2: Atos de trabalho apenas podem se desenvolver por mediações de dois complexos sociais fundamentais:
1. Interior das relações sociais
2. A linguagem
O ser social comparece como um complexo constituído por 3 categorias primordiais:
A sociedade
A linguagem
O trabalho
Slide 3: Segundo Lukács, cabe ao trabalho o momento predominante no desenvolvimento do mundo dos homens, já que é nele que se produz o novo que impulsiona a humanidade a patamares sempre superiores de sociabilidade.
Citando Marx, argumenta que há 3 momentos decisivos da categoria Trabalho:
a) Objetivação:
b) Exteriorização:
c) Alienação
Slide 4: Objetivação: são os atos que transformam a prévia ideação, a finalidade previamente construida na consciência, em um produto objetivo. Pela objetivação, o que era apenas uma idéia se consubstancia em em um novo objeto, anteriormente inexistente, que possui uma história própria.
Para Lukács, a objetivação é a mediação que articula a teleologia, enquanto uma idéia abstrata e singular (não há finalidades exatamente iguais porque a história não se repete), com a gênese de um novo ente, objetivo, ontologicamente distinto da consciência que o concebeu enquanto finalidade.
Slide 5: Ao transformar a natureza o homem também se transforma: Primeiro: porque desenvolve novas habilidades;
Segundo: para vencer a resistência que o ser opõe à sua transformação em