A Centralidade Da Cultura

A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo¹
Stuart Hall
Caroline Carvalho
Cada dia mais a cultura vem assumindo o papel de gerenciadora de decisões importantes no nosso meio. Seja de cunho econômico, ambiental ou sociológico, ela estará presente como um fio condutor.
O avanço das tecnologias que influencia nosso modo de vida, passiva ou ativamente, muito tem a dizer sobre as principais mudanças no âmbito cultural. A mídia hoje assume dois papeis o de sustentabilidade de informação, conhecimento, capital, investimento, produção de bens e etc.
Como papel central a cultura é usada para transformar nossa compreensão, explicação e modelos teóricos do mundo. Através da expansão da indústria cultural por intermédio das tecnologias e da revolução da informação deu-se a “revolução cultural “com foco no domínio social da cultura na contemporaneidade.
A intensificação das trocas culturais, por intermédio das tecnologias da informação, institui a possibilidade de se aprofundar as diferenciações culturais, inclusive com o surgimento de novas formações alternativas, sínteses do embate entre o velho e o novo. Com este modo de ver as perspectivas do desenvolvimento cultural, em face da aceleração da velocidade do tempo e da diminuição dos espaços, diferente do que defendem outros pensadores ao defenderem uma cultura única.
Da mesma forma como ocorrem transformações culturais globais, a vida das pessoas também é afetada pelo processo de desenvolvimento dos meios de comunicação. Por intermédio da análise do processo de penetração de apelos e imagens nos nossos lares a revolução cultural está influenciando, também, o nosso modo de pensar e de agir: as mudanças culturais invadem, a todo instante, o nosso cotidiano e a nossa privacidade.
A formação das nossas identidades se dá culturalmente, ou seja, passa por uma escolha pessoal, mas fundamentalmente passa pela mediação de aspectos objetivos presentes nas normas, nas instituições, nas atividades,