A casa de veraneio de santos-dumont
Tendo apostado com amigos que conseguiria construir uma exígua casa no íngreme terreno localizado na Rua do Encanto, em Petrópolis, Santos=Dumont ganhou a caixa de whisky, que foi o premio da aposta, projetando e mandando construir um minúsculo chalé estilo alpino, com detalhes curiosos, todos frutos da inventiva e de seu talento, totalmente fora de qualquer padrão das casas da época.
Construída em 1918 pelo engenheiro Eduardo Pederneiras, em espaço tão pequeno, a casa é constituída de uma única peça edificada, possuindo três andares, e um terraço.
Parece desconfortável mas para Santos=Dumont, que vivia sozinho, tudo foi pensado visando praticidade. • no primeiro andar, ou térreo, há um porão onde Santos=Dumont montou uma oficina de encadernação de livros e laboratório de fotografia; • no segundo, em peça única, a sala de estar / jantar, com biblioteca e estúdio; • com acesso por uma escada quase vertical, sobe-se ao mezanino, que é o quarto, e ao banheiro. Por uma porta lateral, que se abre para uma ponte, tem-se acesso ao alto do terreno no nível do telhado onde se encontra um mirante para observações astronômicas e mastro onde ficava hasteada a bandeira brasileira.
As curiosidades da construção conduzem à natural admiração dos visitantes: • a cama, sobre um jirau estreito está sobre uma cômoda espaçosa de muitos gavetões; • o banheiro possui um chuveiro com aquecimento a álcool, feito com um balde perfurado dividido ao meio, com entradas para água fria e quente, e duas correntes de dosagem da temperatura; • os móveis da casa são complementos das paredes; • as escadas, íngremes, tanto a externa quanto a interna, tem os degraus recortados, em forma de raquete, para facilitar os movimentos de subida e descida, evitando tropeços; • o mirante tem acesso sobre o telhado de flandres, por uma curiosa escada de