A carta da terra e a carta do chefe seattle
Ainda hoje é muito difícil falar de sustentabilidade de forma concreta, e nós iremos falar sobre duas visões diferentes – uma do séc. XIX e outra do séc. XXI – sobre essa relação tão conflitante entre humanidade e natureza; que é ainda hoje tão discutida.
A Carta do Cacique Seattle
A carta do Cacique Seattle, de 1854 que teria sido supostamente escrita pelo mesmo, fala da relação homem x natureza de forma tida até hoje como muito inspiradora. Porém ela pode ser encontrada em várias versões diferentes, o que dificulta muito uma só interpretação. A UFPA (Universidade Federal do Pará) fez uma interessante pesquisa sobre a provável origem da tal carta, e descobriu fortes indícios de que a carta podia ser sim, uma farsa. Algumas análises linguísticas já mostraram que o inglês dessas diferentes versões da carta não é compatível com a época em que o cacique Seattle estava inserido. Além de que a carta nunca existiu como um documento em si, e não há indício algum de que ela foi enviada para Washington realmente. Essa carta parece ter surgido na verdade de uma publicação de 1887 em um jornal da região de Seattle sobre uma reflexão do cacique para sua tribo em resposta à proposta presidencial de compra de terra, trazida pelo encarregado de assuntos indígenas do governo norte-americano. Mas há também uma hipótese de que a carta atual, ou seja, as traduções as quais nós temos contato podem ter sido modificadas com o passar do tempo e dentro dela, foram inseridos trechos do roteiro de um filme de 1971.
Mesmo com a aparente possibilidade de a carta ser falsa, ainda hoje ela é discutida e citada por diversas vezes pela bela abordagem de um tema que, na época, não era nem um pouco difundido.
Na carta o cacique nos mostra, que para seu povo é incompreensível que a Terra possa ser vendida, manipulada, e tratada como inimiga da humanidade, quando na verdade deveria ser sua irmã.
"Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto. Não sei.