A canção de coimbra
São de considerar quatro momentos fundamentais na evolução académica desta Canção no século XX:
1º momento (anos 20). Com Edmundo de Bettencourt (1899-1973), cantor e poeta da presença, surge a Escola Modernista na Canção de Coimbra.
2º momento (anos 60). José Afonso (1929-1987), libertando-se da guitarra como acompanhamento, recupera a viola para essa função, acabando por influenciar um Canto de Intervenção, com Adriano Correia de Oliveira (1942-1982) e António Bernardino (1941-1996).
3º momento (anos 60). Abre-se o Ciclo Nuno Guimarães (1942-1973), guitarrista e poeta, de 1963-66, renovando-se a linha mais tradicional deste Cantar Académico, que se irá reflectir no canto de José Manuel dos Santos (1943-1989), Mário Soares da Veiga e António Bernardino.
4º momento (anos 60/70). Luís Goes (n. 1933), sendo aquele que melhor assimilou e assumiu a importância de Edmundo de Bettencourt na redefinição da Canção de Coimbra, origina, a partir de 1967, um Novo Canto, surgindo, assim, com a Escola Goesiana, o Neo-Modernismo na Canção de Coimbra que vai influenciar os anos 80 e 90 (gerações do pós-modernismo).
Após o ressurgimento da Canção de Coimbra (1978/80), as referências deixam de ser individuais para surgir o grupo como identidade colectiva do desempenho de todos. Contam-se por dezena e meia os grupos de estudantes que desde então surgiram. Canção de Coimbra: Um Canto de Rua
É voz corrente considerar o chamado fado de Coimbra oriundo do Fado de Lisboa. Tal origem seria, talvez, inquestionável, se tudo o que se fez (e se tem feito) em Coimbra - ao nível da sua música tradicional, se limitasse única e exclusivamente ao Fado, se é que este, efectivamente, existe em Coimbra.