A caixa como instrumento de políticas públicas: a queda brusca dos juros no governo da presidenta dilma e a percepção do consumidor
Histórico da Caixa
A Criação da Caixa
As primeiras instituições financeiras criadas com o objetivo de captação das poupanças populares se deram na Europa, fins do século XVIII, em razão da crescente necessidade de as classes operárias se garantirem de alguma forma no futuro. Nesta época não havia nenhum mecanismo de seguridade social. As primeiras caixas econômicas foram criadas na França, Holanda, Áustria, Finlândia, Itália e Portugal.
No Brasil de 1860, por Ato do Governo Imperial, foram autorizadas as criações das Caixas Econômicas e dos Montes de Socorro nas províncias, sendo os Montes de Socorro destinados a conceder empréstimos sob penhor de jóais. Contando mais de cento e cinqüenta anos de relevantes serviços prestados à nação ela conquistou o respeito e admiração do povo brasileiro. A Caixa se tornou uma das mais importantes instituições que compõem o sistema econômico e financeiro do Brasil.
Criada com a missão de apoiar o desenvolvimento nacional, com o estímulo à poupança e a concessão de empréstimos em condições favoráveis. A proposta era de se criar “o Banco dos Pobres”, segundo as palavras do Visconde de Rio Branco.
Desde então a Caixa jamais abandonou a missão que lhe outorgaram na criação, mais ainda, ampliando e modernizando sua atuação, tornando-se imprescindível como instrumento de políticas públicas do governo Federal, como veremos no decorrer deste trabalho.
De início a Caixa ajudou a incorporar os novos cidadãos de uma sociedade cada vez mais urbana, cumprindo importante papel na estruturação do sistema bancário nacional.
A Lei dos Entraves
À época da criação da Caixa, o país assistia a um momento conturbado em seu sistema financeiro. “Exploradores da miséria alheia” cobravam “juros escorchantes e inapeláveis”, como pode ser visto no depoimento do Ex-Presidente da Caixa, Jeronymo