A cabeça bem feita
Resenha crítica
Há inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, em tal situação, tornam-se invisíveis:
Os conjuntos complexos;
As interações e retroações entre partes e todos;
As entidades multidimensionais
Os problemas essenciais
De fato, a hiperespecialização impede de ver o global (que ela fragmenta em parcelas), bem como o essencial. A Inteligência que só sabe separar fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão de modo que, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade. Esses três desafios que foram destacados acima nos leva aos problemas essenciais de organização do saber.
Há uma grande separação entre duas culturas: a cultura da humanidade e a cultura científica, o que desencadeia sérias consequências para ambas.
A área submetida aos três desafios entende-se incessivamente como o crescimento das características cognitivas das atividades econômicas, técnicas, sociais com foco no desenvolvimento generalizado e múltiplo do sistema neurocerebral artificial.
Tendo como base epistemológica a teoria da complexidade, Morin a aproxima do campo educacional e analisa o paradigma que está instalado, apontando que a organização do conhecimento em disciplinas que “compartimentalizam” os saberes leva à hiperespecialização que impede a visão global do conhecimento em seu conjunto tornando a inteligência fracionada e desta maneira impedindo a compreensão total e emperrando a habilidade de agir em determinadas situações da vida.
A dinâmica de expansão desenfreada do saber, a proliferação de conhecimentos e os conhecimentos fragmentados levam a humanidade aos desafios cultural, sociológico, cívico, o desafio dos desafios e para contornar estes e principalmente o último, a reestruturação do ensino deve reformar o pensamento e