A cabeça bem feita
A seguir, serão colocadas as idéias principais dos dois primeiros capítulos; neles, o autor questiona a finalidade da escola e da educação, relacionando a capacidade inata do homem de resolver problemas gerais com a urgente necessidade de se integrar as áreas de conhecimento contempladas pela humanidade. É mostrado, também, que estas áreas encontram-se compartimentadas, o que resulta em um amontoado de informações estéreis, sem finalidades humanísticas, a menos que sejam contextualizadas em um todo.
Desenvolvimento das idéias principais O livro inicia-se com o autor apresentando a situação de "hiperespecialização" em que se encontra a educação e o pensamento humano ocidental na atualidade. Explicando o termo entre aspas, a nota de rodapé diz, ”ou seja, a especialização que se fecha em si mesma sem permitir sua integração em uma problemática global ou em uma concepção de conjunto do objeto do qual ela considera apenas um aspecto ou parte" (grifamos).
Embora esteja como mera explicação, esta nota mostra claramente a problemática exposta pelo autor. Ele, nas primeiras linhas do texto, deixa clara a inadequação gerada pelos saberes separados e compartimentados entre disciplinas, de um lado e, de outro, realidades ou problemas polidisciplinares, globais e planetários. Essa incongruência leva Morin a sugerir três grandes desafios, em campos diversos da vivência humana, argumentando que "os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas