A busca da verdade
Os sofistas: a arte de argumentar
Para o escândalo de seus contemporâneos, os sofistas costumavam cobrar pelas aulas, motivo pelo qual Sócrates os acusava de ‘‘prostituição’’.
Por deslumbrarem seus alunos com o brilhantismo de sua retórica, foram duramente criticados pelos seguidores de Sócrates, que s acusavam de não se importarem com a verdade, pois, afeitos que eram à arte de persuadir, reduziram seus discursos a opiniões relativas.
Se os sofistas foram acusados pelos seus detratores de pronunciar discursos vazios, essa fama deve-se ao fato de que alguns deles deram excessiva atenção ao aspecto formal da exposição e da defesa das ideias. E também porque em geral os sofistas estavam convencidos de que a persuasão é o instrumento por excelência do cidadão na cidade democrática.
Os sofistas foram sempre mal interpretados por causa das críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles. São muitos os motivos que levaram à, visão deturpada sobre os sofistas que a tradição nos ofereceu. Em primeiro lugar, há enorme diversidade teórica entre os pendores reunidos sob designação de sofista. Talvez o que possa identificá-los sé o fato de serem considerados sábios e pedagogos. Unidos de todas as partes do mundo grego, ocupo-se de um ensino itinerante, sem se fixarem em nenhum lugar. O constante exercício do pensar e a aceitação de opiniões contraditórias, característica dos sofistas, possivelmente devem-se à incessante circulação de ideias.
Sua contribuição para sistematização de ensino foi notável, pela elaboração de um currículo de estudos: gramática (da qual são os iniciadores), retórica e dialética; na tradição dos pitagóricos, desenvolvem a aritmética, geometria, astronomia e a música. Elaboraram o ideal teórico da democracia, valorizada pelos comerciantes em ascensão, cujo interesses passaram a se contrapor aos da aristocracia rural.
Sócrates e o conceito
Os métodos de indagação de Sócrates provocaram os poderosos do seu tempo, que o levaram ao