A busca da ordem
A busca da ordem (Introdução) Zygmunt Bauman
A ambivalência, tema do texto, é uma falha da linguagem, não é uma doença. A tentativa do ser humano em adaptar a situação na busca da possibilidade de conferir a um objeto ou evento mais de uma categoria A ambivalência aparece a partir de se tentar nomear e classificar.
Sentimos a desordem quando do desconforto de ler e não entender.A pressa ansiosa nos impede de respirar fundo e recomeçar. Não é da linguística a culpa e sim, da ambivalência da língua. Porque quanto mais nomeamos e classificamos, maior se torna a ambivalência.
Ambivalência é a possibilidade de conferir a um objeto ou evento mais de uma categoria. Ambivalência não é patologia, é o aspecto normal da prática linguística, decorre da função de nomear e classificar.
A linguagem vagueia entre um mundo ordenado, habitável e outro, passageiro do acaso no qual as armas – memória e capacidade de aprender – não servem de nada. No mundo ordeiro todos sabem onde ir. O esforço da linguagem é manter esse quadro. Por que aprendermos, tentamos manter a ordem no mundo. Quando começa a ambivalência temos a sensação de perder o controle.
Classificar é separar (de várias formas diferentes), segregar (os mais diversos grupos) pressupondo que o mundo consiste em entidades distintas, por fim tornar isso real com a diferenciação de diferentes classes de entidades. Classificar é dar ao mundo uma estrutura e não, descobrir a estrutura do mundo - O MUNDO É CAOS
Cada ato nomeador divide o mundo em dois, classificar consiste em incluir e excluir (entra num grupo ou não entra), o que é um ato de violência contra o mundo porque o mundo não é assim.
Função nomeadora/classificadora tem como propósito prevenir a ambivalência. Para a modernidade tudo só pode ter um lugar.
O ideal da função nomeadora/classificadora seria um arquivo de pastas, contendo todos os itens do mundo(tipo enciclopédia), cada pasta e