A brincadeira na escola e na vida: uma relação fundamental
TEREZINHA BARBOSA ARAGÃO1
MARILENE FIGUEIRÔA SOUZA2
RESUMO
No transcorrer deste artigo procuramos nos objetivar a reflexões sobre a brincadeira na escola e na vida: uma relação fundamental, tendo sido possível desvelar que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da criança, pois para ela brincar é viver. Assim, há que se tomar cuidado para que o brinquedo não perca suas características socioculturais e se transforme em objeto escolar, vazio de significação social e descontextualizado de sua função cultural. A brincadeira se constitui num espaço imaginado onde se podem levantar hipóteses sobre o mundo por meio dos instrumentos e ajustes simbólicos. Caracteriza-se pela presença de um objeto substitutivo em que uma coisa vale por outra e pela existência de papeis orientadores dessa atividade. O valor lúdico reforça a eficácia simbólica do brinquedo. Isso é que faz a especificidade do brinquedo em relação a outros suportes culturais: a relação ativa introduzida pela criança. A representação é transformada diversas vezes e posteriormente é personalizada. Através do brinquedo a criança constroi suas relações com o objeto, relações que constituem esquemas que ela reproduzirá com outros objetos na sua vida futura. Sendo esse objeto permeado pelo adulto, toda relação com o brinquedo pressupõe uma relação com ele e com as imagens dos discursos (produzidos pelos adultos e pelas crianças). Conclui-se, portanto, que na educação infantil, é preciso haver um espaço organizado com materiais e brinquedos, senão a brincadeira não acontece, pois é na relação entre objeto, imagem, significado, ação e regra que a brincadeira se constitui enquanto tal.
Palavras-chave: Brincadeira na escola e na vida. Ludicidade. Brinquedo. Criança. Educação infantil.
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1 Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia, UVA – Universidade Vale do Acaraú / 2009. E-mail: