AUTOR: Nasceu em São Paulo, Plínio Freire Gomes, em 1967. Formou-se e fez mestrado no Departamento de História da Universidade de São Paulo, onde defendeu em 1994 o trabalho que deu origem a Um herege vai ao paraíso. INTRODUÇÃO O autor começa exemplificando o imaginário do europeu e seu apelo para o sobrenatural e fantástico sobre o mundo na época colonial. Tomando como exemplo Visão do Paraíso de Sergio Buarque de Holanda. Cita exemplo do imaginário de Colombo , porém diz que não é um caso específico e guardada as devidas proporções tem se exemplo da Fantasia Lusitana no mundo novo também. Os portugueses Gabriel Soares de Souza,Fernão Cardim foram fascinados pelo cenário dos trópicos e tiveram sua viagem marcada por pitadas de exotismo e imaginação e utilizando das “providências divinas”, tomando como base os mitos sobre o Éden, sugeriam que a América tivesse uma Eterna Primavera devido a “fertilidade do solo” e a “temperança dos ares”. Entretanto segundo Plínio nem todas essas alusões ficaram no plano metafórico a exemplo de Simão de Vasconselos que sugeria explicitamente que o Éden seria o Brasil, isto quase lhe custando uma ida ao Santo Ofício já que postular a localização do Paraíso seria rediscutir um dos maiores problemas teológicos: “o mistério da salvação”. Ainda que ele não tenha sido formalmente processado ele foi obrigado a se desfazer da sua teoria sobre o Éden. Chegando ao ponto principal da obra , Plínio, comenta sobre um português chamado Pedro de Rates Henequim , sua história quase que esquecida e perdida na história, citando até mesmo o próprio Holanda que so teve conhecimento dele por meio de referências feitas por Ernesto Ennes ,isto bem depois de ter concluído Visão do Paraíso, que também ousou fazer preposições da localização do Paraíso e acabou por não ter a mesma sorte que Simão. Uma breve sobre este era um reputado cristão-velho, nascido em Lisboa filho bastardo de uma moça portuguesa