A boa educação
No momento em que as atenções do governo brasileiro se voltam, prioritariamente, para a educação, como resposta, ao subdesenvolvimento econômico e político, faz-se necessário debater com crianças, jovens e adultos em relação aos estudos.
O baixo índice de leitura, no País, está diretamente relacionado à insuficiência da preparação dos jovens em seu aprendizado na arte de ler, entender e escrever corretamente.
Infelizmente, no Brasil, não se cultivou o saudável hábito cultural de despertar nos estudantes, desde o momento em que iniciam seus estudos até sua conclusão acadêmica, a consciência de que, ao se dirigirem às escolas, para o aprendizado, estão como os demais trabalhadores, trabalhando.
Estudar é trabalhar. E trabalho, em qualquer atividade humana, requer disciplina, responsabilidade, organização física e mental, de modo a gerar eficácia de resultados. Uma empresa ou um governo que não se estrutura profissionalmente e se mantém relapso em suas atividades colherá, tão- somente, fracassos. É a lei da vida.
Aprender a estudar é o pré-requisito indispensável à boa educação. Como, lamentavelmente, não se cuidou e, ainda, não se cuida de despertar o sentimento no ato de estudar, o estudante deixa de ver o estudo como trabalho. Interpreta-o erroneamente como algo separado do trabalho efetivo e não parte de um mesmo processo de conhecimento. Essa falta de consciência cria um viés prejudicial: o estudo passa a ser sentido como sacrifício que o estudante faz para cumprir suas obrigações. Entretanto, ele deve ser uma tarefa cultural prazerosa, que tem por fim elevar a humanidade à sua essência humana, consciente de si, confiante em si e determinada a evoluir por si mesma, soberanamente.
Esse vício do sistema educacional brasileiro, carente do verdadeiro despertar de que o treinamento do conhecimento proporciona valor que se aprimora, na potencialização da mente, predomina, durante a preparação do estudante em todo o ciclo escolar. O