A biomecânica do ballet clássico
Diferente de outros atletas profissionais, o bailarino clássico é um artista que frequentemente lida com uma vida solitária, dedicando de 6 á 7 dias por semana à uma intensa atividade física, a qual pode iniciar-se entre 4 e 6 anos e requer altas demandas de recursos físicos que devem ser previamente analisados.
O movimento não é somente um resultado físico, um deslocamento de matéria e a força que o determina. Há sempre uma força intrínseca resultante de uma reação psíquica e emocional que, atuando sobre o corpo, determina o desprendimento de energia e variações de tensões musculares que podem ou não resultar no deslocamento de um ou mais segmentos corporais.
A técnica clássica possui certos princípios de postura e colocação do corpo que devem ser mantidos em todos os movimentos.
As cinco posições dos pés básicas do Ballet, exigem uma máxima rotação lateral dos membros inferiores, sendo que este fato auxilia na execução de movimentos graciosos e estéticos dos bailarinos. Estas posições são consideradas básicas e se dividem de 1° a 5° posição, nesta sequência. Todas as posições citadas promovem uma rotação dos pés à 180º.
Essas posições são descritas por Bertoni (1992), segundo definições do mestre Beauchamps (1650), que também codificou e elaborou a técnica clássica acadêmica. Estão classificadas sequencialmente, de acordo com a dificuldade exigida:
- 1° posição: Ambos os pés em linha reta, unidos pelo calcanhar;
1° posição básica
2° posição: Ambos os pés em linha reta, mantendo separados os calcanhares, compreendendo o espaço de um pé entre eles;
2° posição básica
3° posição: Pés e pernas continuam em rotação externa. Um pé será cruzado na frente do outro, até a metade. Um pé estará encostado ao outro, mantendo os tornozelos para cima;
3° posição básica
4° posição: Nesta posição os pés estarão separados, numa distância de um pé entre eles, cruzados um na frente do outro. A